DAS LUZES, O APAGAR.
Também nas sombras, eu caminho.
Abarrotadas de segredos, estão as minhas malas.
Todos ao redor, quero enxergar;
Sem por ninguém ser visto.
A direção não me importa,
As estrelas, eu ignoro.
Na contra-mão, às vezes desço,
E a ladeira, noutras subo.
Com o que passou, não faço as contas;
Porque tinha que ser é que se foi.
É das descobertas que me valho,
Pois algo novo a viver, sempre há.
Mas do arrependimento, tenho medo
E ao passado não jogo os meus laços;
Evito os meus erros, engulo seco,
Buscando a luz, continuo os meus passos.