Poesia em Vale Perdido

Ler e recitar poesias, é relativamente fácil;

Difícil é a obstinação e vigor dos músculos das pernas e o sossego da mente, escrever a poesia:

De cumes pontiagudos tocando sutilmente a leveza do céu azulado;

Onde a envergadura de asas sobrevoam a solitude;

De casinhas coloridas soterradas pelo verde das matas;

Onde as lufadas de ventos penteiam as cabeleiras das copas das árvores;

De estradas de terra batida interligando sonhos vívidos;

Onde ecoam os martelares das Arapongas, replicado pela sinfonia gorjeada da passarada.

A pergunta que assanham os músculos das pernas e aquietam os neurônios, é:

"Vale Perdido, ou Belo Vale Achado; ou a fusão de Paz e Harmonia, em ambos"?

Perdido em devaneios pelas belas vistas,

De uma Natureza prodigiosa,

Ao longe vistas,

A olhos nus.

A tarde vai-se rubro, alaranjando;

a noite vem chegando mansamente na paisagem que se encerra.

No alto, a lua está aposta para o plantão.

Continuidade do dia. Luminosidade azulado / clarão.

Pulmões e corações desfalecem por aí;

Respiram e pulsam

Sangue, suor, oxigênio e Vida,

Por aqui!

Cartão postal imagético que da mente,

jamais apagará.

Pois, a alegria aparente é efêmera,

E o suor derramado da conquista,

Exala o perfume da eternidade.

Que o gélido orvalho serenado do inverno dos cumes, abracem, aqueçam,

Incendeiem, inquietem os sonhos de corações apagados.

Mutável Gambiarreiro
Enviado por Mutável Gambiarreiro em 02/07/2020
Reeditado em 02/07/2020
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