Mulher da América

Sinto o cheiro da tua calcinha sintética, ouço de longe o teu rugido,  Tigresa Estérica, rugindo o meu nome pelos ares, pelos mares, pela matas e pelas ruas de Caracas, quebrando os cristais da fonética, despedace as violências caquéticas, seja latina, seja eclética, Mulher da  América

MeiaTigresa, meia Mulher, não sei ao certo quem tu és, se as trilhas são de patas ou se flutua sobre os pés, pegadas silenciosas, de Tigresa mansa, mas de uma Mulher perigosa, a quero no rítimo da minha métrica, despedace as violências caquéticas, seja latina, seja eclética, Mulher da  América

O seu silêncio me intriga, o seu mistério me fustiga, sinto-me energizado por sua faísca cinética, corpo exótico, numa alma  exotérica, tu és fumaça, tu és névoa, tu és singular, não uma oprimida genérica, despedace as violências caquéticas, seja latina, seja eclética, Mulher da  América

Humberto de Campos
   Mestre Holístico