A rua

Era só uma rua imensa e sem ninguém.

Vazia.

Mas cheia de toda aquela malícia insana.

Que começa num play de uma música qualquer e de repente,

Estamos lá aumentando o volume, o pulso e dançando.

Aquele espaço pequeno, se fazendo tão grande,

Até caber a nossa loucura,

A nossa audácia de estar ali.

Naquela rua imensa e cheia de luzes.

Tão expostos, um ao outro e a aquela rua vazia.

A rua que tem nome.

Mas nós ali, não.

Nela a insanidade não tem identidade,

E somos nós, os loucos que trilhamos nela, fora dela e até mesmo na contramão.

A mão

Aquela que não para, não cessa, não Cala!

Esse apetite pelo que não pode, não deve e não se faz.

Faz!

Nós fazemos.

Ali, naquela rua no final daquela avenida.

Ah vida!

Bem vivida.

Não contada, escrita,

para não ser esquecida.

2020.04.23

Tinna Mara de Camargo
Enviado por Tinna Mara de Camargo em 30/07/2020
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