As lágrimas da cidade, não chegam ao chão.
A cidade também chora
Pelo filho que seguiu com ingratidão
O pão repartido rola pelo chão
Quem ousará olhar para o céu
E ser atropelado pela multidão
Com seus trabalhos
Com seus atrasos
Colocando seus planos em ação
Ou bolando uma ideologia sobre o amor
A cidade também tem cores próprias
Exportadas com muito furor
Os ancestrais do asfalto
Foram os que muito colonizou
A cidade também olha-te nos olhos
Através do espelho dos bancos
Respire agora
Na sombra da sua classe ou da sua religião
Ela também muito fala
Preste atenção
Nos freios, nas teclas, nas moedas jogadas
Para quem vive no chão
A caridade rola solta
Tantas coisas em promoção
A cidade também tem coração
Ele tem formato de um cifrão