Nossas Mãos

De certo não é possível lembrar

As tantas vezes que, inconscientes,

Elevamos essas “bandeiras” ao ar

Por tantos motivos diferentes.

Divinas no toque e na arte de criar,

Cansadas e trêmulas...às vezes feridas,

Ícones de tantos sucessos e fracassos:

“Capas” opacas do livro de nossas vidas.

Não creio que alguém de fato lhes agradeça

Pelo desgaste e cicatrizes do auxílio constante.

A não ser pela dor, caso algo lhes aconteça,

É delas, sim, o nosso “olhar” mais distante.

Até os joelhos, algum crédito lhes damos

Embora as mãos segurem o peito em oração...

São elas que nas quedas amenizam os danos,

E depois de tudo, ainda nos erguem do chão.

Cuide de suas mãos pela incansável proteção

E por acariciar aqueles por quem sente carinho.

Sinta nelas a sua própria força, aplacando a solidão,

No calor do abraço delas, quando se sentir sozinho.