Culpa

Ajude-me a enterrar este corpo

Ajude-me a reprimir esta dor

Eu matei por amor, mestre.

Ressuscitei do verde opaco, a tua rara luz.

Despertei nas palavras um tanto de doçura

Para te ver partir sem dor.

Muitas noites o seu oceano me à

Paraísos abandonados,

Por muitas noites, os seus olhos traduziram vozes distantes.

E por aqui eu pertenci flutuando em melodias.

Ausente na sua memória.

Fale para mim de sua jornada.

Sou donzela prisioneira

Que anseia pelo amor do cavaleiro

De armadura reluzente

Do interior do coração despedaçado

Explode um pranto de angústia indescritível.

Minha alma débil, sucumbindo ao grande fardo,

Busca erguer-se do precipício vivo,

Onde encontrei o seu mundo morto.

Gabriela Malheiros
Enviado por Gabriela Malheiros em 14/11/2005
Reeditado em 08/02/2006
Código do texto: T71240