Desejos
Cala-te agora.
Deixa-me ouvir a tua respiração;
Deixa-me saciar o poder das tuas mãos sobre o meu corpo;
Invada-me!
Deixa que a chuva caia macia nesta noite que nos resta;
Deixa a poesia dissolver-se onde não podemos retornar
Deixa cair a minha última peça de roupa.
E invada-me...
Seus olhos murmuram versos de paixão
Em que novo milênio estaremos ao despertar?
Sou escrava das tuas promessas.
Novamente rendida a esta doce intoxicação
Sucumbindo aos sonhos recentes e aquela velha frase de amor
Seu corpo consome a minha inocência
Faça-me insana.
Deixa-me beber do teu vinho
Maldito cálice da morte!
Ressoa um violino...
Será esta a canção do sono eterno?
Leve-me as mais belas flores pela manhã.