Pensamento subterfúgio

Meu pensamento é subterfúgio

É lento

Minhas idéias emparelhadas em forma de canção

São tentas.

A minha voz que grita neste vão

Cala as vozes, derruba muros

Penetra nos ouvidos da multidão

E até ouvem, os surdos!

Cada palavra é tiro

Cada verso, melodia

Cada estrofe, um ego ferido

E no fim, uma poesia.

Assim abalo o mundo

Como a bomba de Hiroxima

E afundo este navio imundo

- que só reste a minha vida

Minha transpiração derrama-se por lágrimas

O meu corpo todo chora

Todos morreremos, e agora?

Meu ego sem saber ainda logra.

Não correria pra muito longe

Esconderia-me dentro de mim

E eu pergunto e ninguém responde

Onde está meu eu em mim?

William Silva.

William Sillva
Enviado por William Sillva em 16/11/2005
Reeditado em 16/11/2005
Código do texto: T72568