Domingo em chuva abstrata

Hoje o dia amanheceu medido,

Tem ângulos de felicidade

E Domingo...

E os domingos são para somarmos as vitórias.

Minha calculadora me diz senos, co-senos, tangentes, cotangentes, juros...

As derrotas são só o passado,

O presente mera necessidade do futuro.

Ao futuro, o futuro. Afinal é o que importa.

Uma chuva branda por toda cidade

Tangencia a linha do horizonte.

A diáfana chuva tangencia também a minha alma.

É o pretexto para felicidade.

O certo é que este presente é do futuro,

Que não sei! Que não sei!

O instante conjuga congruências perfeitas.

Só me estranha uma árvore,

Que ainda se pode ver quase esmaecida no horizonte,

Parece o cedro que ilustra a bandeira do Líbano.

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