A outra face
Pés de lã ,
Seio em avelã ,
Aroma de hortelã
Num corpo de maçã ...
È a cidadã
Que incorpora a manhã .
Fosse a manhã eterna
E sempre seria terna ...
Muda de face o sol ;
Sente o picar do anzol
No peixe que acaba por escapar ...
Sua testa franzida
Ainda serena ,
Tenta-se desculpar :
- “Já é tarde para pescar !”
Não é sempre manhã ,
Outras faces também as há ...
Ela tem que perceber ,
Essa cidadã de quem sou fã ,
Que não deve esconder
O espelho do seu sentir ;
Aprenda sim a perceber
A vantagem de persistir .