Só restou o nada

A poesia é o grito da alma

Traduzido pela mente

É o verso escrito com calma

Na tempestade do que se sente

Só que minha alma não tem gritado

E meu sentir está tão disperso

A caneta já não tem falado

Não consigo sangrar um verso

Minha mente está chamando

Minha alma não escutando

Minha mente está gritando

Minha alma ignorando

Será que ainda sou poeta?

Será que minha alma ainda aguenta?

A poesia me parece incerta

O duvidar me atormenta

E quando o caderno me confronta

Sai uma confusão rabiscada

Uma poesia que não está pronta

Arte que surge obrigada

Na borracha vai o que me desaponta

E quando olho pro papel

Só restou o nada

R J Ferreira
Enviado por R J Ferreira em 05/03/2025
Código do texto: T8277927
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