Só restou o nada
A poesia é o grito da alma
Traduzido pela mente
É o verso escrito com calma
Na tempestade do que se sente
Só que minha alma não tem gritado
E meu sentir está tão disperso
A caneta já não tem falado
Não consigo sangrar um verso
Minha mente está chamando
Minha alma não escutando
Minha mente está gritando
Minha alma ignorando
Será que ainda sou poeta?
Será que minha alma ainda aguenta?
A poesia me parece incerta
O duvidar me atormenta
E quando o caderno me confronta
Sai uma confusão rabiscada
Uma poesia que não está pronta
Arte que surge obrigada
Na borracha vai o que me desaponta
E quando olho pro papel
Só restou o nada