Devaneios
Noite fria
Céu estrelado
Um livro aberto
Mergulho em mais uma xícara de café
Flutuo pela fumaça de mais um cigarro aceso
E caminho pelas palavras que não digo
Palavras que até então, estavam presas em meu pensamento
E como um passe de mágica
Surgem no papel assim, sem serem ouvidas
Não sei porquê escrevo
Não sei de onde vem essa necessidade em ser lido
Não quero falar
Não quero que ouçam minha voz
Mas, peço gentilmente que me leiam, em silêncio
Para que o universo não escute minhas palavras
Tenho medo do que pode acontecer se ele me ouvir
Tenho medo que aconteça alguma calamidade
E se acontecer?
Terei um furacão com meu nome?
Provavelmente não !
Quero a companhia do silêncio
Ele me tranquiliza
Quero estar presente na solidão
Nela, me sinto a mais bela criatura
Mas para me admirar
Me leia, feche os olhos
E dê asas a ilusão
MATHEUS TACCHI