Girasol Amarillo
Beleza de ardil visível aos olhos
Fragilidades condensadas nos movimentos
Defesa escondida na necessidade dos espinhos
Quantas são afinal tuas faces?
No constrangimento de tua beleza
Esconde tuas marcas em frágeis pétalas
Teus aromas são suscetíveis ao favor do vento
E tua essência escondida em teus cuidados
A imponência não é a ti confiada
Pois em nada é dona de si
Ao contrário, o zelo do jardineiro é teu sustento
Suas mãos o teu amparo
Muitos apenas querem olhar-te desabrochada
O botão não revela o que os olhos ainda não vêem
E o cultivo das sementes é escolha de poucos
Os espinhos escondem o que queres defender
No entanto, o tempo traz suas marcas
E depressa vem o teu ocaso
Mas em nova semente outra vida vai florescer.
(Escrevi esse texto há cerca de 17 anos como autodefinição. Usando minha grande paixão como metáfora: os girassóis)