Abertura da primeira das três janelas por onde passou Pepe – o urso de prepúcio do Boteco Sovaco das Estrelas – sobre o parapeito onde agora põe seus cotovelos ao lado da amada Simone Pocahontas ou a história ainda não contada de como Pepe teve dificuldad
Dentro de um campo minado por manias da rotina,
a ser só está acostumado e mais nada descortina;
mas ao não fechar cortina das três janelas da mente,
a preguiça que o amofina o faz ficar descontente,
ao olhar que não o contente por não ser compreendido
não consegue mostrar dente de seu sorriso perdido
entre o sol que caído nunca nasce nos seus olhos
de castanho esvaído sob o teto dos sobrolhos
há a ausência dos molhos que o obriga a ter fome
de hiena a comer escolhos em fome que o consome
e o faz ter amor sem nome ou só com nome de guerra,
em corpo onde o amor some e o sexo se enterra
que se algum prazer berra desde essa brutalidade
de ferradura que ferra com mal que não tem idade
mata a felicidade em floresta sem picadas
em janela de fealdade bem muito mal explicadas,
sem ânimo de as escadas da casa da inconsciência
abrir para que visadas sejam suas inconsequências,
sempre postas em sequência em falsa organização,
onde não há fé nem ciência e nada fica à mão,
até que ouça a canção dessa janela aberta
com o coração em contrição de quando o amor desperta
sem que haja mão esperta que o acolha com doçura
tocante amor que o desperta e traz sol à noite escura
que à língua lhe traz secura por medo elevado ao pânico
de o amor vir ser a cura do imenso terror nanico,
que é não saber ser rico em afeição sem tormento,
janela que justifico ver se fechar no momento
desse amor sem estamento viciado em falsidades
que se fecha no momento em viver suas maldades,
ao sair pelas cidades com portas da alma fechadas,
em ações encadeadas por coração sem flechadas,
infenso às enamoradas horas que abram janelas,
indo pelas vis estradas, onde não há coisas belas.
Ou onde as coisas belas são negadas por cegueira.