Impunidade
Que estes males não se tornem doenças
Com as suas mãos frias e desbotadas,
Feito duas garras terriveis e imensas
Para tornar nossas vidas mais atribuladas.
No ar da Pátria, há corrupções suspensas
Pairando sobre nós lâminas de espadas,
São tantas inversões de valores aplicadas
Que podridões também serão justificadas.
Com vergonha esta nação amada reclama
Da impunidade que se alastra feito lama
Escurecendo o céu da pátria neste instante,
O corpo adormecido com marcas de dentes
Envenenado pela peçonha de tantas serpentes,
No seu leito de morte, agoniza o nosso gigante.