Oh, insônia, o que queres dizer-me?

Oh, insônia, o que queres dizer-me?

Proteger-me talvez...

Acaso se eu adormecer

serei atormentado outra vez?

Os derradeiros sonhos vividos

arrancaram-me a paz de fato

Sinais nublados, indistinguíveis

não me permitem um parecer exato

Oh, insônia, o que queres dizer-me?

Punir-me talvez...

Acaso se eu não adormecer

serei atormentado outra vez?

As derradeiras noites em claro

arrancaram-me a paz de fato

Sinais concretos, inteligíveis

que me permitem um parecer exato

Oh, insônia, o que queres dizer-me?

Incumbir-me talvez...

Devo velar o sono daquela

que meus desígnios refez?

Mesmo distante, mesmo sem vê-la

sinto que estou ao seu lado de fato

O que compõe minha existência

segue com ela no momento exato

Matheus Roberto
Enviado por Matheus Roberto em 01/06/2015
Código do texto: T5263088
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