Oh, insônia, o que queres dizer-me?
Oh, insônia, o que queres dizer-me?
Proteger-me talvez...
Acaso se eu adormecer
serei atormentado outra vez?
Os derradeiros sonhos vividos
arrancaram-me a paz de fato
Sinais nublados, indistinguíveis
não me permitem um parecer exato
Oh, insônia, o que queres dizer-me?
Punir-me talvez...
Acaso se eu não adormecer
serei atormentado outra vez?
As derradeiras noites em claro
arrancaram-me a paz de fato
Sinais concretos, inteligíveis
que me permitem um parecer exato
Oh, insônia, o que queres dizer-me?
Incumbir-me talvez...
Devo velar o sono daquela
que meus desígnios refez?
Mesmo distante, mesmo sem vê-la
sinto que estou ao seu lado de fato
O que compõe minha existência
segue com ela no momento exato