MEIA NOITE, A VIDA EM PLENO

À meia-noite,

Morre um dia

E nasce outro;

Mas, por que é noite,

Talvez fosse mais correcto dizer:

- Morre uma noite

E nasce outra.

À meia-noite,

Nem sequer é ainda

Meio da noite...

E as sombras agitam-se

Ao compasso da lua

Ou de qualquer luz

Que haja na rua.

À meia-noite

As trevas circundam a Terra;

Existem sempre trevas

No nosso Planeta…

Existem sempre medos

No nosso subconsciente…

E no entanto, a vida

É sempre a mesma,

Seja nas sombras

Seja na luz.

À meia-noite,

É sempre meio-dia

Nalgum local da Terra...

O sol reina ali

Em todo o seu esplendor;

E no entanto,

Se não chegasse a noite,

A vida morreria.

À meia-noite,

Os silêncios são diferentes

Dos silêncios do dia:

Os homens dormem

Sobre os seus pesadelos

E quando acordam,

As manhãs trazem para eles

Novos fantasmas.

07/09/2005 Valter Ego

HENRICABILIO
Enviado por HENRICABILIO em 07/06/2015
Reeditado em 07/06/2015
Código do texto: T5269220
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.