O amor também se mata

Falas do vazio que te preenche...

Falas da mesmice em que se transformou tua vida...

Falas da ausência do carinho,

da lacuna das palavras,

que antes cheias de poesia,

hoje apenas o silêncio ao teu lado caminha.

Falas do desejo não satisfeito,

do olhar profundo que te via fundo,

da alma, te levando à calma,

te fazendo sentir parte do mundo.

Hoje, apenas falas,

não sentes,

apenas recordas e te ressentes,

do amor que vivestes um dia...

Pensa e refletes, no entanto,

que não amastes o suficiente,

não te doaste como devias,

não valorizastes o amor que alguém por ti sentia,

muito pelo contrário,

soltastes a mão dele, precipitando-o

no despenhadeiro...

além de não valorizares o amor que por ti sentiam,

o mesmo fizestes ao carinho que tinhas,

à fidelidade, à lealdade, à dedicação...

Não, não te lamentes,

Vês, que tu mataste este amor.

Wanusa Pinto
Enviado por Wanusa Pinto em 04/11/2015
Reeditado em 09/11/2015
Código do texto: T5437777
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