Cada qual com a sua cruz

Não se deve aos quatro cantos

Cantar cada vitória obtida

Tampouco cada bem sucedido feito

Deve ser aberto como reais mantos

Em busca de elogios para na vida

Alimentar o ego que esvazia o peito.

Não se deve a toda e qualquer gente

Lamentar os infortúnios do destino

É crime mortal a autopiedade

Porque impede de ir à frente

Quem parece viver como clandestino

À espera de uma mão para a liberdade.

O reconhecimento por algo realizado

Deve acontecer de forma natural

Sem espalhafatos; do contrário é bajulação

Monstro que fomenta o ego alucinado

Fechando os olhos para o que é real

E aumentando a invisível ilusão.

As dores que cada um enfrenta

São pessoais e intransferíveis

E,no máximo, podem os sofredores

Contar com um apoio que os sustenta

Pois não podem permanecer impassíveis

Diante da própria cruz esperando flores.

Cícero – 19-01-2016

Cícero Carlos Lopes
Enviado por Cícero Carlos Lopes em 31/01/2016
Reeditado em 07/02/2016
Código do texto: T5529151
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