CIRANDA DE RUA

Vivo nesta ciranda

Rodando feito corrupio
Sou menino fugidio
Brinco de ter esperança
Mesmo tremendo de frio
 
Corro as ruas da cidade
Pés descalços e sem direção
Sigo o brilho do sol, procuro abrigo em afagos
Ou num tantinho de atenção
 
Seja dia ou seja noite
Meus olhos nem diferenciam
Só enxergo a esperança
Que pousa sem pré conceito, na palma da minha mão
 
Nem sei se durmo ou desmaio
Mas  sonho sentindo fastio
Acordo revigorado, pronto para um novo desafio
No peito carrego a lembrança da esperança da noite passada 
E sigo nesta ciranda, forjando a caminhada
 
O sol brilha para todos
A chuva limpa toda mágoa
Vou caminhando sem medo
Rodando feito corrupio
Brinco de ter esperanças
Mesmo morrendo no frio.
 
 
Renata Rimet
Enviado por Renata Rimet em 16/06/2017
Reeditado em 26/10/2017
Código do texto: T6029093
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