Ciclo
Desordenada repetição
Em cotidiana ação
Cujos caminhos em mutação
Impera ininterrupta transformação.
Ciclos onde tudo que se inicia
Será, no fim, encerrado.
E quando novamente reinicia,
O que restou será apagado.
Diante de todos os elementos da Terra,
O que nos diferencia?
Sobre o tempo deste pequeno mundo,
O que nos faz ciência?
Olhamos para a imensidão dos céus,
Mas somos ainda cobertos por véus
De nossa completa ignorância,
De nossa profunda insignificância.
Destruímos o que somos iguais
Em que, emergidos sob a cega poeira,
Perdidos em mudanças eventuais,
Deixamos nossa essência verdadeira.
Contudo,
Deus permitiu tudo o que somos
Toda a realidade que temos
Toda a vida que sentimos
Toda a força para persistimos.
Porque,
Há um fato não comentado,
Além dos ciclos, consumado,
Em que Deus, com amor derramado,
Salvou-nos da repetição, em seu Filho amado.