Ciclo

Desordenada repetição

Em cotidiana ação

Cujos caminhos em mutação

Impera ininterrupta transformação.

Ciclos onde tudo que se inicia

Será, no fim, encerrado.

E quando novamente reinicia,

O que restou será apagado.

Diante de todos os elementos da Terra,

O que nos diferencia?

Sobre o tempo deste pequeno mundo,

O que nos faz ciência?

Olhamos para a imensidão dos céus,

Mas somos ainda cobertos por véus

De nossa completa ignorância,

De nossa profunda insignificância.

Destruímos o que somos iguais

Em que, emergidos sob a cega poeira,

Perdidos em mudanças eventuais,

Deixamos nossa essência verdadeira.

Contudo,

Deus permitiu tudo o que somos

Toda a realidade que temos

Toda a vida que sentimos

Toda a força para persistimos.

Porque,

Há um fato não comentado,

Além dos ciclos, consumado,

Em que Deus, com amor derramado,

Salvou-nos da repetição, em seu Filho amado.

Sergio Schlender
Enviado por Sergio Schlender em 21/01/2018
Reeditado em 26/12/2018
Código do texto: T6232185
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