Sonhos tumulares

Sonhos tumulares

Num cenário de tristeza, sentimentos mórbidos, minha alma incinera e queima no vale das desilusões

A minha volta tudo está putrefico, exalando um odor cadavérico

Aves que sobrevoam estão prontas para dilacerar o resto que sobrou de estado post-mortem

A vida que mutou, mudou-se para outro lugar

Restou apenas arquétipos consumidos é um nome talhado numa esquife, num silêncio sepulcral

Barulho apenas de estridentes ranger de dentes

Alguns que se recusam de seus entes desmembrar e aceitar

Restou numa lápide escrito, um arrogante foi dilapidado

Não levou nada, sonhos de riquezas, aquela voraz avareza

Para outros abutres ficaram

Foi um sonho que eu tive, sonhei com um mar de esquifes

Onde todos irão terminar

Era uma paisagem funesta, mas na verdade é o que resta é que nos resta

É o que sobra para degustação

Para os abutres de plantão

O escárnio da carne, a ilicitude das vicissitudes

O corpo maculado pelo pecado e pelas  atrocidades

Degeneração e desintegração, a vaidade é o antro da perdição

Jonas Luiz

São Paulo, 21/02/18

Poeta Jonas Luiz
Enviado por Poeta Jonas Luiz em 22/02/2018
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