Máquina de escrever

Numa vida inconstante

Um barulho em simetria

Um sonoro lancinante

De angústia e poesia

Todo dia a mesma coisa

Toda hora, melodia

De escrita vive afoita

Pra compor uma cantiga

Eis um texto todo pronto

Numa face indiferente

É costura e desencontro

De compor maquinalmente

No semblante inexpressivo

Mãos e dedos trabalhando

Eis que num tênue suspiro

O lirismo traz encanto

Corre agora! Vá postar!

Que alguém será tocado

Corre agora! Vá Inspirar!

Um poeta transformado.