Extrema
.
.
Um tempo desvanece
ao incorporar a tenuidade
extrema
das minhas cinzas;
E com ele a existência.
O acontecer de uma migalha
de incandescência ...extrema
.
E não foram as palavras
de uma certa ascendência
ou a voz de uma ancestralidade
tão ... ... extrema.
Foi, ela, a própria vida
num pauzinho de incenso
de uma urgência
íntima e ... ... extrema.
Acendo a chama numa aresta
e, com a minha conivência,
essa magia acontece
... extrema!
Ao baralhar, partir
e voltar a dar
a fragilidade incandescente
ascende pelo urgir do pleno
num tempo, sim!, conivente
até por coerência
ou só por um acaso
ou por algo de muito sentido
eventualmente numa ausência
numa saudade suprema!
Suprema? Enfim...
Suprema ou ... ... extrema,
sei lá!
Mas se isto já for,
de um certo modo, loucura,
então, será contingência
mas jamais alheada do poema
como coisa...
(dir-se-ia...)
como causa...
(qual é o termo?)
como essência
(...)
decididamente...
extrema.
.
.
_______________________LuMe
(P.S.:
Consoante o caso
perdoe-se, não se perdoe,
ou esqueça-se este apêndice,
relativamente
a algum presumível
... ... ... ...extremismo
mesmo que em verso.
Mas este não morde!)