Extrema

.

.

Um tempo desvanece

ao incorporar a tenuidade

extrema

das minhas cinzas;

E com ele a existência.

O acontecer de uma migalha

de incandescência ...extrema

.

E não foram as palavras

de uma certa ascendência

ou a voz de uma ancestralidade

tão ... ... extrema.

Foi, ela, a própria vida

num pauzinho de incenso

de uma urgência

íntima e ... ... extrema.

Acendo a chama numa aresta

e, com a minha conivência,

essa magia acontece

... extrema!

Ao baralhar, partir

e voltar a dar

a fragilidade incandescente

ascende pelo urgir do pleno

num tempo, sim!, conivente

até por coerência

ou só por um acaso

ou por algo de muito sentido

eventualmente numa ausência

numa saudade suprema!

Suprema? Enfim...

Suprema ou ... ... extrema,

sei lá!

Mas se isto já for,

de um certo modo, loucura,

então, será contingência

mas jamais alheada do poema

como coisa...

(dir-se-ia...)

como causa...

(qual é o termo?)

como essência

(...)

decididamente...

extrema.

.

.

_______________________LuMe

(P.S.:

Consoante o caso

perdoe-se, não se perdoe,

ou esqueça-se este apêndice,

relativamente

a algum presumível

... ... ... ...extremismo

mesmo que em verso.

Mas este não morde!)

Luis Melo
Enviado por Luis Melo em 16/05/2018
Código do texto: T6338204
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