A última rosa do jardim

Postes de luz

Diante de minhas pálpebras

Um anjo reluz

Ao cair de minhas lágrimas

Trágico pôr-dó-sol

A rosa murcha no desvendar

Dos homens tristes

Quiça, um levantar

Em meio à elipses

Todo dia tem um tal de tormento

Sangra a sombra

Girassóis vendaval

Dois a sós , um momento

Causei a culta coisa

De um pobre rapaz chinfrim

Que sabia de muita coisa

Não pude tê-lo para mim

Fúlgidos gozares

Brilho como de altares

Lúdico ao levantar

Berros ao desprezar

Este fora um dia inesquecível

Em minha mente um fardo difícil

De descrever a cena de um valente

Desvencilhando-me do eu ambivalente.

(A última rosa do jardim)

Cidade do conde.