Autoanálise

Num estante hábil de sofrimento alheio

Pude olhar ao fundo dos meus olhos

Através da póstuma fase de meus sentidos

O eu.

Em forma de pirata lúdico aspirando vis de acalanto.

O mal é um bem súbito aos maus ouvidos que cerzem meu canto,

Pai de santo, rogo anistia

O que faço, mesmo peco

Ao perdão; poesia.

Que a vida sem paráfrase ou Anacronismo

É varia, como a libido

Drenado, em metástase

Quiça, um esmo

Maldito e efêmero amor pragmático

Onde a rotina: um vil

Do homem viril

Transforma o jovem poeta

Num romancista sádico.