O Passeio da Boa-Morte

Na minha profunda tristeza

Visitei um cemitério qualquer

Pelas alamedas fúnebres

Daquele silencioso lugar

Deparei-me com um pomposo túmulo

De mármore branco polido

Límpido como um grande espelho

Foi então que entendi

Uma lição deu-me a morte ali

Pois aquele límpido túmulo

De mármore branco polido

Trouxe-me a luz uma verdade

Assim como aquele belo túmulo

Situado em uma necrópole qualquer

Eu e muitos nos apresentamos

Belos, limpos e corretos por fora

Mas cheios de podridão por dentro

Paulo Raven
Enviado por Paulo Raven em 12/02/2019
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