CANTO AO TEMPO

Cansado á beira do corte

nascente irrompe a cegueira

Novamente a pena matreira

Risca no papel,um novo norte

Livre feito branca garça

Liberto como brisa boreal

Disperso sentimento do mal

incluso em cada canto,em cada raça

Se o monstro feudal engole o monte

Queima o fogo,fere a fera

Ecoa nos confins da terra

Todo e qualquer horizonte

Mas se morre no vinho - a Lua

Ergue-se no tempo uma muralha

Sigo com ela a vil mortalha,

deixando com o Sol - árdua labuta.

RICARDO ÁRCOLI

12/07/2011

Ricardo Árcoli
Enviado por Ricardo Árcoli em 16/06/2019
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