CANTO AO TEMPO
Cansado á beira do corte
nascente irrompe a cegueira
Novamente a pena matreira
Risca no papel,um novo norte
Livre feito branca garça
Liberto como brisa boreal
Disperso sentimento do mal
incluso em cada canto,em cada raça
Se o monstro feudal engole o monte
Queima o fogo,fere a fera
Ecoa nos confins da terra
Todo e qualquer horizonte
Mas se morre no vinho - a Lua
Ergue-se no tempo uma muralha
Sigo com ela a vil mortalha,
deixando com o Sol - árdua labuta.
RICARDO ÁRCOLI
12/07/2011