Ser ou não-ser? Eis o momento.

O cronista nada mais é do que o poeta alegre.

Afinal, concordemos:

Poeta é feito de extremos

E alegria é sopro — coisa flutuante.

A poesia vem do profundo,

De paixões alucinantes,

Sofreguidões sem fim.

A crônica reflete, opina... é sagaz.

Poema só é arte

Se há sentimentos na métrica

O poeta não pensa, transborda.

Quem entende é quem lê.

Isso é o bom de ser poeta:

— Não saber quem é, para ser no outro.

Por isso, poeta que não ama, que não sofre, escreve crônicas.

21 de setembro de 2019

Andréa Agnus
Enviado por Andréa Agnus em 28/09/2019
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