Acredite em mim...
Tenho voado em direção as estrelas
E meu pensamento como um raio
Caiu sobre você e toda história
Eu não me deixei morrer por nada
Nem por tudo que você amava
Me deixei morrer porque quis
Porque toda certeza é vã, é nada
O que existe de definitivo?
A luz ou as estrelas?
Você dirá que é Deus
Mas qual deus?
Não tenho pensado sobre o que sou
Inversamente me desfaço de mim
E todos, todos passarão
Até os deuses esquecidos nas fornalhas
Fornalhas essas acendidas pelas inquisições
Meu pensamento desaba no finito
Assim como toda mentira pode se tornar verdade
Eu não me imagino estático, nem morto
Me imagino inexistente, irreal
E você se abala com minhas heresias
Que na verdade são inconsistências
Do que é finito rumo ao infinito
Estou cansado dos julgamentos
E por isso me apego a loucura de sonhar
Mas cansado, acredito que sonho acordado
Para não me assustar com preconceitos
E minha loucura, se na verdade for loucura...
Estará longe dos seus braços
Pois suas mãos já não me escravizam mais
Estou perdido em uma sopa de letras escarlates
Afogado em tudo que sinto, mas vivo
Apesar da morte que me persegue, vivo
Ou apenas sobrevivo dentro do universo
Um universo desesperado por amor
E quando descobri a química nos sentimentos
O amor se evadiu sufocado por moléculas inócuas
Talvez você não tenha existido
Ou apenas seja o fruto de uma mente insana
Mas a morte, novamente ela, veio me lembrar
Que toda vaidade é efêmera e toda vida
Toda vida é o que tem que ser
Se não é poesia, pelo menos é desabafo
Estou cansado das máscaras, das promessas
E assim você me ofende mais uma vez
Querendo que eu acredite no inacreditável
Disposta a provar sua teoria, invade meu mundo
E no fundo o que você encontra?
Escuridão e vazio demais até para seus olhos
E o mito da caverna deixa de ser mito
Porque você acabou acreditando em mim
Acreditou que o fim era a salvação
E me deixou com um sorriso torto estampado no rosto
Pois na verdade, não era para acreditar em mim
Ouvindo The Sound of Silence versão da banda Disturbed