E, de repente, se fez a vida... 
Mas, de que maneira? 
O que escondido de mim revela 
e desnuda se veste com roupas festivas 
e que causam medo, espanto
embora venha o acalanto. 

 
 
As certezas se diluem, 
E que verdade temos? 
E o amor, será de comer? 
Cogito, ergo sum...
Cautelosamente dedilhando 
os acordes dos dias, 
experenciados com receio, 
com ousadia. 
 
 
Máquinas param,  
esperamos e o pânico se dará. 
Razão que fatos não sabem explicar. 
Sangues, vísceras, espasmos, choros, desmaios. 
 
Mais um pássaro pacato, 
não na contramão, não avançando o sinal, 
seria álcool? 
Bem de longe! 

Os números avançam no jornal. 
Senhor Deus, dê forças a esta família, 
 mais um que se foi. 
Mais um para ser noticiado,
mortes, espantos,
seria o normal ou o novo normal?