TERRA À VISTA

Do Livro Todos os Mares em parceria com a psicóloga Deise Helena. Conheça mais sobre a minha obra no site/loja/blog: www.todososamores.com.br

O mar descansa enquanto penso e venço minhas fraquezas,

Correntezas que não mais assustam, só custam estar atento,

O vento oscila, ora impetuoso, ora gostoso na forma de brisa,

Não avisa sobre mudanças repentinas, então, durmo, navego.

Nego o que sou na esperança de mudar, esquecendo que fui

Feliz em uma infinidade de situações, estações do clima, vida

Regada de inconformismos e limitações, noções e contrastes,

Hastes erguidas e panos dobrados, acabamos atados, tensos.

A ressaca sempre termina e turbina o ar em movimento, tento

Canalizar energias, içar velas, valorizar o tempo, o momento

De recomeçar, aproveitar as oportunidades que se desenham,

Que se empenham em me surpreender, cada vez que avanço.

Danço o balé, em pé tudo parece possível, indivisível nossa fé

Nesta maré de sorte, pressinto o norte, mesmo sem a bússola,

Águas que refletem os olhos e a partida, despedida, passagem,

Viagem dentro de mim, o brim encardido, um grito, terra à vista.

Sérgio Sousa
Enviado por Sérgio Sousa em 04/11/2020
Reeditado em 11/11/2020
Código do texto: T7103799
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