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AO ENVELHECER...


Dueto: Envelhecer sozinho - Borba Recifense
Saber envelhecer - Aila Brito



ENVELHECER SOZINHO

Pele enrugada, velha e cansada
Mãos calejadas, ásperas, retorcidas
Olhar no vazio, para o nada
E na alma, incontáveis feridas

Isso é o seu pano de fundo
Não há disfarces, verdade crua
É sofrido, real e profundo
Vil decadência que nunca recua

Não há como mudar, impossível
Ele está só, inerte, impassível
E entregue ao limite da sorte

E nem tenta, sabe da verdade
Lhe resta vagar na imensa cidade
E aguardar sua lenta morte

- Borba Recifense -


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SABER ENVELHECER

Os olhos, "repousados", do ancião,
Revelam algo mais de sua história -
Da luta pela vida e trajetória
Dos dias bons, ruins, da solidão,

Da terna companheira, e gratidão
a Deus, na caminhada da vitória,
Nessa arte de viver, compensatória,
no dom de envelhecer com mansidão.

Se foi a boa ação, a companhia
Na vida ativa, plena de candura,
Nos moldes bons, com zelo e na alegria,

Em paz, terá a sua consciência,
Reflexo de um passado de ternura;
Somando aos  belos dias, sapiência!


    - Aila Brito -

Aila Brito
Enviado por Aila Brito em 30/03/2021
Reeditado em 12/05/2023
Código do texto: T7220032
Classificação de conteúdo: seguro
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