Natal de Sombras

Os sinos ecoam, mas trazem silêncio,

Um vazio pesado, latente no ar.

As ruas se vestem de falso alento,

Enquanto a alma insiste em chorar.

E as sombras que ficaram o ano todo,

Foram rompidas pelas luzes de Natal

Espalhadas pela cidade.

E assim que o Natal passar,

O mundo continuará mergulhado

Na morte, dor, sofrimento,

Preconceito e hipocrisia.

Entre risos forçados e mesas fartas,

Há quem olhe o céu e não veja esperança.

Na ceia do luxo, sobram migalhas,

Para quem já perdeu até a lembrança.

O pinheiro despido será abandonado,

As promessas esquecidas na virada do ano.

E os homens, tão cheios de palavras vazias,

Voltarão ao ciclo de seus próprios enganos.

E assim que o Natal passar,

O mundo continuará mergulhado

Na morte, dor, sofrimento,

Preconceito e hipocrisia.

Oh, Natal, que nasces para morrer tão breve,

De que serve tua luz se não for pra durar?

Talvez o que falta não seja o milagre,

Mas um coração disposto a amar.

Jhonnathan Pereira
Enviado por Jhonnathan Pereira em 25/12/2024
Código do texto: T8226969
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.