Entre Sombras e Luar
Eu sou a sombra que dança,
sem ser tocada pela luz.
No silêncio, sou grito,
na dor, sou eco.
Não há palavras suficientes
para o que carrego,
mas ainda assim,
me faço ver nas fissuras do tempo.
A noite me abraça,
mas o luar não me entende.
Minhas mãos tocam o vazio,
mas o vazio me toca mais.
Eu sou o que se esconde
nas entrelinhas de cada suspiro.
O que falo e o que guardo,
são a mesma coisa,
dissimuladas pela máscara do dia.
Olhe para o espelho
e veja meu rosto atrás do seu.
Seremos um, ou nunca seremos nada?