Orvalho
No ermo da solidão.
O coração fica triste, choroso.
Enquanto o orvalho insiste em cair.
As rachaduras rasas do coração se abrem.
Por que amamos tão rápido?
Ou melhor, nos apegamos?
O coração permanece triste e choroso.
Como vou lidar com isso?
Como saber o que o outro sente sem ver?
E as penas eclodem de uma forma que eu não consigo voar.
O peito aperta no ritmo das gotas de vento que tocam o meu rosto triste.
Umedecido com as lágrimas que ainda não rolaram.
Como vou lidar com isso?
Como saber se o outro chora?
Por que eu escrevo isso assim?
No ermo da multidão, o coração continua triste.