Onde teus olhos não possam me alcançar(ensaio sobre meu ódio)

Malditas sejam as palavras que disse

malditos sejam os lamentos as vontades de voltar

atraz e recuperar o tempo que perdi

ao te perder

malditos sejam os sonhos que sonhei

e as noites em delirio onde dizia seu nome

com o qual meu oprimido ódio alimentei

juro por todos os Deuses que te odeio

juro por todas as Divindades celestes

que teu amor foi a negra peste

da qual nunca me curei

e na sórdida humilhação de minha cegueira

ouvi teu deboche....

...senti teu sorriso extasiado

quando eu disse....preciso-te

quando sangrei ao teu lado

e entreguei-me ao pecado de teu corpo

tão belo....tão frio....tão...triste

e ausente.

so quero encontrar um lugar

onde minha carcaça fétida eu possa repousar

um abismo profundo

um lago de mágoas para me afogar

um precipicio infindavel de lagrimas

onde meus ombros não sintam a culpa

que carrego por te desejar

talvez um copo de whiskey

sob uma lapide solitaria

em algum lívido jardim

onde teus olhos malditos não possam me encontrar

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acredito que o maior erro que cometi foi acreditar que você ainda seria minha....