Notas Mortas

Lendo Goethe, “Viagem á Itália”

Nada pode se aproximar da beleza

Do canto do solitário

Das notas mortas entoadas à imensidão

Da melancolia que orna o silêncio

Pois esse canto só quem pode entender

É outro solitário a procurar abrigo na escuridão de sons

No esvoaçar da noite feita de breu e luar

E mais ao longe, no farol

Ouço cantar o solitário

Fazendo sua voz banhar o mar

Cortar o vento e desafiar as ondas

Aqui, do outro lado do cais

Escuto a melodia que banha a noite

Sonho com as notas mortas da minha solidão

A responderem ao chamado que parou subitamente de ecoar...

Ana Pismel
Enviado por Ana Pismel em 15/07/2008
Código do texto: T1081707
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.