RELICÁRIOS*

Em salas pequenas

bailam poemas

Encarcerados.

As damas serenas,

deitam-se amenas

Em seus armários.

Amores tão fortes

Matando as mortes

Em relicários.

Penas e sortes,

Sentenciadas em

Seus diários.

Nada me afasta,

da dor sensata destes

meus olhos...

Por mais que eu me arranhe

Por mais que eu me engane

Por mais que eu me entregue

Em camas pequenas

sonhos gigantes

libertam corsários

Poemas invadem

damas despidas

em seus santuários

Quietude e dilema

afogam gargantas em

seus aquários...

Por mais que eu me arranhe

Por mais que eu me engane

Por mais que eu me entregue.

LuciAne

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 19/04/2009
Código do texto: T1547540
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