FORA DO LUGAR*
Não busco quem me queira
santa, certa, emoldurada.
Busco o fosco lusco
de quem vaga ao lume.
Penduro os meus pés
na parede, quando a cabeça
roda na rede sem ganchos.
Me sinto um pouco sem chão:
nesses vãos tão mansos.
Não busco a hora perfeita,
nem a palavra sensata...
Tudo em mim jorra sem
data, sem anúncios...
Penduro meu olhar na parede,
furo um olho que não devia...
Mas quem sabe tudo não acabe
em poesia!
LuciAne
AMIGOS, OUÇAM FORA DO LUGAR* EM ÁUDIO, PARCERIA CM MARCO ARAUJO