Entre PRESSAS e Precipícios*

Eu não durmo enquanto

o amor não chega...

E fica essa pressa de flecha

certeira, enquanto a ferida

não fecha.

Eu não chego enquanto

o choro não cala, e fica

esse aplauso de festa

tremendo entre os dedos

a cor da demora.

Eu não atravesso enquanto

a língua não se aquieta,

e fica esse palpite de agora

querendo ir embora, rangendo

entre os dentes um verso de adeus.

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 23/08/2009
Código do texto: T1769627
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