Entre PRESSAS e Precipícios*
Eu não durmo enquanto
o amor não chega...
E fica essa pressa de flecha
certeira, enquanto a ferida
não fecha.
Eu não chego enquanto
o choro não cala, e fica
esse aplauso de festa
tremendo entre os dedos
a cor da demora.
Eu não atravesso enquanto
a língua não se aquieta,
e fica esse palpite de agora
querendo ir embora, rangendo
entre os dentes um verso de adeus.