TRAÇAS E RISOS*

Eu acho que falo sério

quando tenho medo.

E que rabisco meu

peito com a ponta dos

dedos, na intenção de

cortar.

Talvez o mal pela raiz

ou todo amor que se quis,

alimentar.

Mas o peito é farto e a

sanidade é pouca.

No porão meus arautos,

guardam um farto acervo.

E talvez nem sirva

pra traçar qualquer plano,

e talvez nem sorte pra sanar

qualquer dano.

E dane-se as traças, as graças

desse riso louco que se mostra

branco, mesmo que seja pranto

mesmo que seja rouco.

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 30/08/2009
Reeditado em 30/08/2009
Código do texto: T1782743
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