TRAÇAS E RISOS*
Eu acho que falo sério
quando tenho medo.
E que rabisco meu
peito com a ponta dos
dedos, na intenção de
cortar.
Talvez o mal pela raiz
ou todo amor que se quis,
alimentar.
Mas o peito é farto e a
sanidade é pouca.
No porão meus arautos,
guardam um farto acervo.
E talvez nem sirva
pra traçar qualquer plano,
e talvez nem sorte pra sanar
qualquer dano.
E dane-se as traças, as graças
desse riso louco que se mostra
branco, mesmo que seja pranto
mesmo que seja rouco.