ACOLHENDO A SOLIDÃO

 


Iminente,
o fim tantas vezes mascarado
estava à minha frente.

No abandono da esperança
ao final de uma história,
ora há o desmonte
dos sonhos...
Fim da aliança!

Os caminhos outrora traçados
foram desviados,
as juras esquecidas...
Um ciclo é interrompido.
Silentes seguimos
por diferentes lados.
Caminho não definido...

Necessário se faz
colher restos de sentimentos,
diluir a utopia do eterno...
Catar migalhas do que restou,
aceitar a passividade do tempo
num sonho onde não vingou,
o meu canto de paz!

Vou me recolher...
Acolher a solidão,
chorar minha saudade
e por um tempo
ou por toda uma eternidade,
tranco  meu coração!

 

18/01/06

Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 01/12/2009
Reeditado em 06/01/2013
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