POEMA SEM TEMA
Cansei de ficar só, no silêncio da espera!
Vou à luta, preciso resgatar meu sonho,
ainda almejo ser flor de primavera!
Cansei do eterno tom de outono, do sono
sempre inquieto, sem a perfeição do sonhar,
da insônia impertinente nas noites de abandono.
Vou te procurar...
Por terras esquecidas, já tão ressequidas
onde as sombras obscuras escondem a lua,
às margens ocultas da tua ambígua vida;
na fúria dos mares... Vielas, bares e ruas...
Hei de ter meu pescador de ilusões,
àquele cujo olhar falava segredos de amor
e trazia nas mãos o êxtase das paixões
que alimentava em minha pele o ardor!
Hei de falar de solidões e saudades, amor...
Relembrando que em alma, fui só tua
e que meu corpo sempre te pertenceu.
Hei de tentar apagar dos olhos teus
a luz fosca da ironia, as marcas de dor!
Quem sabe eu toque teu coração sonhador,
àquele que um dia poeta, me pertenceu
e na hora do adeus, toda poesia se perdeu
nas águas estagnadas do desamor,
onde o sentimento fragmentado adoeceu!
Caso não consiga reacender tua estesia,
deixo-te abraçado aos teus tormentos,
no momento és apenas um poema sem tema...
Retorno ao meu vazio, despida de alquimia,
voltando a ser, metades em gotas-lamentos!
27/11/2009
Cansei de ficar só, no silêncio da espera!
Vou à luta, preciso resgatar meu sonho,
ainda almejo ser flor de primavera!
Cansei do eterno tom de outono, do sono
sempre inquieto, sem a perfeição do sonhar,
da insônia impertinente nas noites de abandono.
Vou te procurar...
Por terras esquecidas, já tão ressequidas
onde as sombras obscuras escondem a lua,
às margens ocultas da tua ambígua vida;
na fúria dos mares... Vielas, bares e ruas...
Hei de ter meu pescador de ilusões,
àquele cujo olhar falava segredos de amor
e trazia nas mãos o êxtase das paixões
que alimentava em minha pele o ardor!
Hei de falar de solidões e saudades, amor...
Relembrando que em alma, fui só tua
e que meu corpo sempre te pertenceu.
Hei de tentar apagar dos olhos teus
a luz fosca da ironia, as marcas de dor!
Quem sabe eu toque teu coração sonhador,
àquele que um dia poeta, me pertenceu
e na hora do adeus, toda poesia se perdeu
nas águas estagnadas do desamor,
onde o sentimento fragmentado adoeceu!
Caso não consiga reacender tua estesia,
deixo-te abraçado aos teus tormentos,
no momento és apenas um poema sem tema...
Retorno ao meu vazio, despida de alquimia,
voltando a ser, metades em gotas-lamentos!
27/11/2009