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É das entrelinhas
Que traçados de sinceridade
Cortam profundo minha alma
Nem meus olhos úmidos
Deixam vestígios neste refúgio
Se a solidão ali um dia for descoberta
Serei a caça deste confuso tempo
E arremessada aos muros do sentimento
Estarei nua, serei da vida uma fresta.
Nem mesmo se compreendida fora
Seria do receio à planta que molesta
E dos meus anseios débil percussora
A varrer a moldura do Universo
Deixarei de freqüentar essências minhas
E à ninguém mais vai importar
Se abatida, pedia ternura em meus versos.
Ou se morria, pouco a pouco...
Nas entrelinhas!
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07/02/2010
IZA SOSNOWSKI
Enviado por IZA SOSNOWSKI em 07/02/2010
Reeditado em 08/02/2010
Código do texto: T2074486
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