SEGREDOS

 
Ainda teimo em tentar entender
você e seu amor, que ligeiro me foge...
Meu coração ora é nascente de dor,
a melancolia invade todo meu ser.
Turva é a solidão que se prevalece
da chuva amiúde que desce silente
e transporta consigo minha prece.
A saudade ultrapassa fronteiras
nas noites onde o corpo padece...
 
Em segredos, nas dobras da madrugada
jorram ausências, desejos abafados na pele
e um silêncio fatal que retalha lembranças.
Enquanto leio poesias na lua grávida e prateada
o tempo despeja sobre mim o sonho perdido
e sentimentos catando estrelas de esperanças...
 
No olhar da alma há um espelho trincado
onde o verso encalhou no muro da distância.
Afasia, canção da vida é um lamento calado
e eu sou pausa, nos mistérios da inconstância...

 
06/02/2010

Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 20/02/2010
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