VELHO CONHECIDO*

..Não é dessa dor que eu falo

essas dores conhecidas da carne

É mais parecida com um velho conhecido:

fica, fica...se esquece de levar o agasalho.

Volta tempos depois,

nele se observa o orvalho da coragem:

Quem persiste, um dia se estranha

Tacanha vontade de entender!

Não é dor de passar com o sono,

nem tão alienada, que dela se tenha

medo: é dor esperta que sabe aonde

ferroa...doa a quem doer.

Parece fome, parece náusea

Depois não se parece com

mais nada...é só espuma...

Uma noite assim, carece de amanhecer

sem se lembrar da própria dor.

Acordar sorrindo e dizer:

-Bom dia!

by Lu

(noite insone...)

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 20/05/2010
Código do texto: T2268141
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