INCOERÊNCIA*

Eu me abstenho

do tacanho.

Do tamanho da minha

intolerância

Eu me apego aos

meus papéis tranquilos

distraídos à beira da mesa

Eles não sabem de mim,

conhecem pouco sobre a moça

que delira em versos

O telefone toca...

Eu tremo a cada pranto,

desarrumo os meus cabelos

mordo a tampa das canetas

A campainha toca...

Eu nunca estou exatamente

onde estou, eu gosto disso.

A janela, é uma grande grade

branca:

máxima de prisão

Incoerência de amor.

Você nunca me chama...

Eu me escondo agora

pelas palavras vestidas

de preto e branco.

Não há em mim nada que

você desconheça.

O telefone toca novamente...

by Lu

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 09/11/2010
Reeditado em 09/11/2010
Código do texto: T2605237
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