INCOERÊNCIA*
Eu me abstenho
do tacanho.
Do tamanho da minha
intolerância
Eu me apego aos
meus papéis tranquilos
distraídos à beira da mesa
Eles não sabem de mim,
conhecem pouco sobre a moça
que delira em versos
O telefone toca...
Eu tremo a cada pranto,
desarrumo os meus cabelos
mordo a tampa das canetas
A campainha toca...
Eu nunca estou exatamente
onde estou, eu gosto disso.
A janela, é uma grande grade
branca:
máxima de prisão
Incoerência de amor.
Você nunca me chama...
Eu me escondo agora
pelas palavras vestidas
de preto e branco.
Não há em mim nada que
você desconheça.
O telefone toca novamente...
by Lu