Solidão n.2
O vazio vira vácuo e tem causa e defeito
Absorve tudo assim, a torto e a direito
E como buraco negro,
Que tem tanto que quer tudo,
Perco a luz que regro
Quando fico mudo
Aqui Hegel tem razão
É a dialética da contradição
Quanto mais vazio, mais cheio
Quanto mais só, menos virtude; o meio
Solidão sem critério preenche com vácuo
Mereologia leibnitziana; o vazio de Quine
Todo o espaço-tempo inócuo
Vira massa no "combine"
Tenho nada, perco o mistério
Sugo tudo. Sem critério
Uma solidão super-maciça
Aproxima e destrói sem justiça